O tempo passa por mim, implacável,
Domando minha impetuosidade,
E nem minha súplica de piedade,
O tornaram mais maleável
Ah tempo, que me levaste a juventude,
E toda aquela alegria e sua magnitude...
Desamparaste-me, deitada nas cinzas de meus tormentos,
Meditando findas loucuras e seus momentos
Ai que saudades, das gotas de orvalho no estio,
Quando vinham meu rosto beijar,
Nas brincadeiras das frescas manhãs no pomar...
Pressagio já (em mim) do túmulo o frio…
Despeço-me da memória envelhecida…
E abraço minha hora… entristecida
Fátima Rodrigues


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