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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tormento


Mesmo que em meus olhos cresça um rio,
meu olhar seja tal um raio mortal e frio,
e meu corpo se torça de dor, se enrole e se debata,
tal animal preso , acorrentado na densa mata.

Mesmo que em meus lábios, cresçam gritos mudos, aos molhos,
por não provarem mais o beijo dos teus olhos
e de meu coração se esvaia lentamente sua rubra cor,
não deixarei partir a recordação deste amor

Mesmo que, minha alma, ao viver alucinada e atormentada,
(por sentir-se só e abandonada…) não volte a ser (por ti) acarinhada…
E meus lamentos, não encontrem (em teu peito) conforto…

Mesmo que meu sorriso seja para sempre amaldiçoado…
Que encontre minha alma então a paz, tão desejada…
Quando partir deste meu corpo, então morto


Fátima Rodrigues

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