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sexta-feira, 28 de março de 2014

Boneca de trapos


Abraçaste-me com tal alegria
Que acreditei não ficar mais sozinha…
Era a tua boneca de trapo.
Comigo brincavas, 
Dizendo que me amavas…
Encheste-me os miolos de areia,
E remataste-me à tua maneira,
Dos velhos retalhos
Da tua vida em frangalhos!
No meu peito,
Coseste um velho botão
A fazer de coração
E eu, sorria…
Porque feliz te via.
Lembras-te?

Mas afinal, era tudo fantasia,
Ao acordar, reparei…
Não passo de um belo enfeite…

Servia apenas p’ra teu deleite!


Fátima Rodrigues





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