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terça-feira, 15 de abril de 2014

Turva razão


Pobre de mim, que turva anda minha razão,
Se com muito me entusiasmo, com outro tanto me aborreço...
Se num momento estou feliz, logo noutro me entristeço...
Se procuro a alforria, logo me acorrento à paixão...

Ando a sonhar acordada, tal o desvario…
(Planeio o viável mas cobiço o impossível)
Tentando descortinar o perceptível,
Procuro por um lago mas lanço-me ao rio!

Queria (se possível fosse) desta demência acordar,
Não desnortear a razão com estéreis utopias,
E deixar-me de incongruentes fantasias

Desta minha mente quero ceifar
Sortidos e antagónicos sentimentos,
Só me enredam e toldam os pensamentos!


Fátima Rodrigues

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