Meu coração ferido atirou-se ao fosso,
Roguei-lhe que saia, lá é certa a morte,
Deixou-me (o tolo) entregue à triste sorte,
Fez ouvidos moucos, fazer mais não posso!
Queria gritar alto e forte mas não consigo,
Prendesse-me a voz nesta triste agonia,
Sinto-me (por tal) já inerte e fria,
Coração e alma em luta comigo
O vento enfurecido ,grita lá fora meu tormento,
A chuva derrama todas as lágrimas que lhe entreguei,
E a névoa no vidro da janela encobre meu sofrimento
Ó vento, arranca de mim esta tortura,
Ó chuva, rouba-me todas as lágrimas que guardei,
Levem pra bem longe de mim esta amargura!
Fátima Rodrigues
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