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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ilusão


Era dia,, eu não te via… 
E sempre que me deitava…
Era noite, te pressentia…
Logo em meus sonhos te encontrava

Perdia-me então em teu abraço,
Terno, robusto, tão avassalador!
Era meu ninho, meu regaço,
Meu anjo defensor

 Teus beijos, ai esses ardentes beijos…
Loucos e doces como mel,
Impeliam-me a arrojados desejos,
Tal menina de bordel

Mas pela manhãzinha,
Á hora do sol levantar,
Vendo que estava sozinha,
Acabava sempre a chorar



Fátima Rodrigues

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